Minhas primeiras experiências leitoras

4 de junho de 2013


Ah! Como é bom lembrar aquele tempo! Recordo do tempo que, ainda menina, aos cinco anos de idade, minha avó Dinah, a melhor avó do mundo, contava suas maravilhosas histórias. Dona Dinah, mulher forte, taurina, se dividia entre cuidar de suas plantas, de sua casa, da família, de suas leituras e escritos. Assim avó Dinah devorava com prazer abundante todas as expressões e mostrava-nos a importância da leitura e escrita, talvez inconscientemente. Foi com esta senhora que aprendi a carregar os livros, rabiscar revistas, jornais, cruzadas, caça-palavras. Com seis anos de idade, iniciei com as letras, sílabas e palavras o contato imediato com o mundo escrito. Fui matriculada no primeiro ano no Grupo Escolar, numa pequena cidade chamada Franco da Rocha. Já envolvida com o “saber letrado”, entrei na escola já sabendo muita coisa, mesmo sem ter frequentado a pré-escola. Lia e escrevia, declamava nas festas escolares, sabia ver horas e conduzia o grupo de colegas com certa liderança.
Aliada a grande vontade de escrever, não poderia deixar de mencionar a participação de meus avós paternos, da cidade de Barretos, que sempre escreviam cartas para a nossa família, mas sempre vinha uma em separado especialmente para mim. Eu lia e depois respondia, e assim a Língua passou a fazer parte do meu cotidiano, da minha necessidade de expressar meus gostos, pareceres e inquietações infantis. Na adolescência, tão logo adquiri gosto por vários gêneros, em especial: a poesia, a crônica e o artigo. Participei de algumas antologias poéticas, colaborei com textos no jornal da cidade, o “Juca Post” e a cada dia fui me aproximando mais e mais dos diversos gêneros, dos mais simples aos mais sofisticados. Prestei vestibular ainda pensando em seguir a carreira de professor ou de jurista. Passei no vestibular para os cursos de Direito e de Letras. Fiz minha opção: Letras.            

Nenhum comentário:

Postar um comentário